Categoria: MINHAS OBRAS

  • Dance!

    Viva a vida com dança; dance aos pés da vida.Em meio às guerras e lástimas de um mundo sombrio, ilumina-o com tua dança; ilumina-te a ti mesmo. Dançar, assim como…

  • Saí da Cova Ògún!

    Levante-se, Ògún!Põem-se de pé.  És ou não ésMetal de fundição?Ferro liquefeito Na fornalha da insurreição.  Levante-se, Ògún!Teu povo te chama.  Teus erros te enferrujamTornou-se lâmina cegaOutrora faca de dois gumesAgora…

  • Buraco Negro

    Mil Saturnos cabiam ali…Já não havia como separarSe era o vazio aqui dentroOu o silêncio lá fora.  O que era imensidãoDo que era medoLuz e escuridãoTarde ou cedo.  Tudo se…

  • Enfim, Zé Pilin!

    Todo o samba É tristezaToda tristeza Um pouquinho de samba.  E de pouco A pouco…Solidão.  É o carma do poeta Ser um sambista incurávelPois tal doença é curaAo coração.  Todo…

  • Mar, Luar e Bethânia

    Não era sobre eclipsesSobre apocalipsesMas sobre trópicos, estrelas e a elipse.  Não sobre colapsosSobre os seus lapsos Mas sobre pés, areia e passos.  Era sobre…  Uma cena dantescaQuase que quixotescaSobre…

  • Incertezas

    Nada na vida é certo Quando você pensa estar distante Percebe-se que na verdade Sempre esteve perto.   Longe…   Nem sempre é Como se pensa As divisas são apenas…

  • Carta à Ọ̀ṣun

    Ọ̀ṣun, Saudade de quando me acordava para vê-la bailar no canto da casa.Tão menino, amedrontado, arregalava os pequeninos olhos quando, ao levantar-me naquelas noites, te observava no fundo da sala…

  • De coisas que aprendi

    Aprendi que levam-se anos para construir algo sólido, mas bastam poucos meses para que tudo desmorone. Aprendi que cair, às vezes, é inevitável, e que o processo de se levantar…

  • As sanfonas de Santana

    Os caminhões do Brasil descansavam de tantas idas e vindas, e nossos boiadeiros do asfalto cruzavam os braços nas rodovias. Se antes eram bois e vacas, agora pastoreavam animais mais…

  • Eucaliptos

    Licença, senhor! — Opa! — O senhor pode comprar uma caixinha de balas? Tô na rua, vendo pra levantar um dinheiro. — Quanto é? — Cinco reais. — Fechou, tenho…

  • Silêncio

    Não quando esvai a vida E se vai em partida. É quando secam as palavras Que a alma De sede, padece. O verbo emudece, E o sujeito, se oculta, Silencia.…

  • Como os Ponteiros de Salvador Dalí

    Que horas são? Quantas horas? Tanto faz… Quanta dor cabe no peito? Quanto rancor, quanto dissabor, desamor. Quanto amor um amargor cala? Palavras presas na garganta, malas nunca desfeitas, louça…