Mês: maio 2018

  • Carta à Ọ̀ṣun

    Ọ̀ṣun, Saudade de quando me acordava para vê-la bailar no canto da casa.Tão menino, amedrontado, arregalava os pequeninos olhos quando, ao levantar-me naquelas noites, te observava no fundo da sala…

  • De coisas que aprendi

    Aprendi que levam-se anos para construir algo sólido, mas bastam poucos meses para que tudo desmorone. Aprendi que cair, às vezes, é inevitável, e que o processo de se levantar…

  • As sanfonas de Santana

    Os caminhões do Brasil descansavam de tantas idas e vindas, e nossos boiadeiros do asfalto cruzavam os braços nas rodovias. Se antes eram bois e vacas, agora pastoreavam animais mais…

  • Eucaliptos

    Licença, senhor! — Opa! — O senhor pode comprar uma caixinha de balas? Tô na rua, vendo pra levantar um dinheiro. — Quanto é? — Cinco reais. — Fechou, tenho…

  • Silêncio

    Não quando esvai a vida E se vai em partida. É quando secam as palavras Que a alma De sede, padece. O verbo emudece, E o sujeito, se oculta, Silencia.…